Cumprindo minha promessa... aí está um apanhado geral sobre as temíveis olheiras. Quero neste texto trazer um pouco de ciência para o tema e esclarecer algumas dúvidas que envolvem esta alteração.
As olheiras são uma das principais reclamações estéticas e talvez o problema que mais interfere na auto-estima, nas relações sociais e na qualidade de vida dos indivíduos.
Também chamadas de hiperpigmentação periorbicular, as olheiras nada mais são do que a diferença de tonalidade na cor das pálpebras inferiores do restante da face. Mas esta desigualdade de tonalidade pode demonstrar aspecto de cansaço e uma aparência que não lembra saúde. Os portadores das olheiras buscam constantemente por tratamento médico e estético.
As olheiras são um problema que afeta igualmente homens e mulheres, sendo mais visíveis nas mulheres e mais freqüente no adulto, mas pode estar presente no indivíduo desde jovem, iniciando na puberdade. As olheiras não possuem ainda uma única causa, pois são oriundas de um quadro multifatorial.
Pele muito fina
A região palpebral apresenta uma pele muito fina e sensível que mede 0,4mm de espessura, enquanto o restante do corpo mede 2,0 milímetros, deixando desta forma transparecer a vascularização. Se o fluxo sanguíneo estiver comprometido ocorrerá o extravasamento do sangue dos capilares ficando retido na região. A combinação de excesso de vascularização subcutânea e hiper transparência da pele (pouca espessura) da região, deixará facilmente transparecer qualquer modificação na rede de vasos sanguíneos e conseqüentemente escurecerá a região das pálpebras sendo essa a característica mais comum das olheiras.
Genética
Alguns fatores genéticos relacionados ao sexo ou etnia também podem ser a causa do aparecimento das olheiras classificando-as como crônicas, correndo principalmente em descendentes de árabes, indianos, turcos, libaneses, hindus e povos do mediterrâneo como italianos, gregos e espanhóis. Nestes casos a estrutura óssea pode interferir produzindo uma sombra escura ao redor dos olhos que refletem na pálpebra inferior e se estende até as pálpebras superiores.
Doenças respiratórias
Algumas doenças, principalmente as ligadas ao trato respiratório como rinite alérgica, podem estar associadas às olheiras, pois causam deficiência na circulação sanguínea e linfática. Os respiradores bucais também são alvos desta disfunção estética.
Pigmentação
Outro importante fator para o escurecimento da região é a deposição de melanina. A exposição excessiva aos raios solares além de causar o acúmulo da melanina na região, pode afinar a pele dessa área deixando transparecer uma tonalidade mais escura. O uso de estrógenos ou progestógenos, gestação e amamentação podem também promover o aparecimento das olheiras.
Fatores circunstanciais
Vários autores defendem que alguns fatores relacionados ao estilo de vida podem contribuir e cronificar esta disfunção estética tais como: consumo excessivo de bebidas alcoólicas, de fumo, bebidas cafeinadas, além de situações de stress físico e mental, noites mal dormidas e cansaço - causando má circulação, tornando mais visíveis as veias sob a pálpebra. As alterações hormonais que ocorrem no período menstrual também indicam um fator que pode estar presente, pois promove congestão vascular.
Já as olheiras matinais e o edema (inchaço) são devidos à deficiência da microcirculação linfática do contorno dos olhos. Durante a noite, todo sistema de bombeamento dos canais linfáticos diminuem, devido à imobilidade das pálpebras. O problema se agrava pela posição do indivíduo na posição horizontal, na cama que não facilita uma boa circulação.
Associado ao escurecimento da região palpebral, o envelhecimento é outro fator que normalmente está envolvido no aparecimento das rugas periorbiculares, bolsas e a flacidez da palpebra, mas este assunto fica para outro post.
Beijos a todos e boa semana!
Muito bom seu texto
ResponderExcluirObrigada!
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