quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Os segredos dos bons professores

O que todos nós professores temos a aprender com os mestres dedicados, capazes de transformar alunos em pessoas de sucesso.      
É por esse caminho que está trilhando minha dissertação do Mestrado em Educação. Estou avaliando o processo de ensino e aprendizagem universitário em alguns cursos de graduação tecnológica (UNIVALI).  
Apliquei um questionário com os alunos e após o levantamento dos dados surgiu o nome de alguns professores considerados inovadores por esses alunos. Agora a pesquisa continua com esses professores, vou descobrir os segredos que eles tem ....  Prometo que assim que foi possível, publicarei aqui no blog os resultados. Mas garanto, está ficando muito interessante....
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Quero agora lhes falar sobre um conjunto de estudos recentes, que revelou que nada tem tanto efeito sobre o aprendizado quanto a qualidade do professor. Fatores genéticos podem ser responsáveis por diferenças notáveis no desempenho de uma criança na escola. Mas eles só se manifestam se o professor for bom, diz um estudo da Universidade da Flórida, publicado na edição de Abril da revista Science. Esse resultado põe em xeque o mito de que bons alunos se fazem sozinhos.
Para que o conteúdo seja aprendido por todos, porém, é preciso haver professores excelentes. Não apenas bons. Excelentes.
A discussão sobre a qualidade dos professores já está instalada no Brasil também. Porém, “nenhuma das avaliações considera a ação do professor em sala de aula”, diz Paula Louzano, especialista em educação. Avaliar o desempenho individual dos professores permitiria além de premiá-los, fazer algo ainda mais importante: entender como eles trabalham – e estender sua experiência aos demais. Porque, se é verdade que todo aluno pode aprender, é lógico acreditar que todo professor tem condições de tornar-se ótimo.
Uma dica boa para os professores:  será lançado este ano no Brasil o livro “Teaching as Leadership: the highly effective teascher’s guide to closing the achievement gap” (Ensinar como um líder: o guia do professor supereficiente para diminuir o déficit de aprendizado), de Steven Farr, responsável pela difusão de conhecimento da organização Teach for America, que dá aulas em escolas públicas para crianças de comunidades carentes. Em duas décadas de atuação a Teach for America, formou 25 mil professores que deram aulas a 3 milhões de alunos. Mais do que apenas ensinar, esta instituição vem colecionando dados sobre os professores mais eficientes. Suas técnicas, seus métodos, sua formação, como se preparam para o trabalho.
Da análise desses professores surgiram o que Farr chama dos seis pilares do ensino:
1)    Traçar metas ambiciosas com a turma, como “este ano vamos avançar dois níveis em um” ou “todos os alunos desta sala vão tirar mais que 9 no exame nacional: (não metas vagas, como “vamos aprender o máximo);
2)    Envolver alunos e famílias, a ponto de traçar com os pais planos de incentivo individualizados para as crianças;
3)    Planejar com cuidado as aulas (meticulosamente planejadas);
4)    Dar aulas com eficiência, aproveitando cada minuto e cada oportunidade;
5)    Aumentar a eficiência sempre;
6)    Trabalhar incansavelmente, porque cada um dos itens anteriores dá muito, muito trabalho.

“A teoria é mais fácil, mas é a prática de sala de aula que faz diferença na vida dos alunos”                
Doug Lemov                                                                                                    
Fonte: Revista Época, 26 de abril de 2010.

Parabéns a todos os professores - 15/10 dia do professor!

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